
Gastar tudo que recebe no mês, viver para pagar contas e ter muitas dívidas já virou algo comum no Brasil. Segundo o estudo do Raio X da Inadimplência Brasileira, atualmente cerca de 77% dos lares brasileiros possuem dívidas, sendo que 30% delas estão atrasadas. E adivinhe? O cartão de crédito é o principal causador dessas dívidas.
Você já ouviu frases do tipo:
Essas frases refletem uma ideia de que não importa a forma como lidamos com nosso dinheiro; o que interessa é gastar sem controle e sem administração. Os números só confirmam esse pensamento: grande parte do país está endividado, vivendo de salário em salário, com contas que consomem tudo no final do mês.
E é justamente aí que entra a educação financeira. Ela não é “ser mão de vaca” ou “pão duro”. Você não precisa parar de gastar com o que gosta para ter educação financeira. A ideia é saber:
Ou seja, manter o controle sobre o dinheiro e não deixar ele te controlar. Saber distribuir seus gastos de acordo com suas prioridades e não apenas buscar uma gratificação imediata. O objetivo é ter um consumo consciente, aproveitando melhor seus recursos.
Quanto antes aprendermos sobre educação financeira, melhor será para nós. Vamos entender o porquê disso ao longo deste conteúdo.
Adquirir novos hábitos é o primeiro passo. Isso inclui:
Nunca compre nada se você não tem dinheiro para pagar. O que mais se vê por aí são pessoas comprando algo que nem precisam, sem ter dinheiro para pagar, e usando o cartão de crédito como um extensor da própria renda. Elas enxergam o limite da fatura como algo que podem gastar acima da renda, pensando que estão “aproveitando”. Mas isso definitivamente não é aproveitar.
O ideal é:
De acordo com a Wikipédia, a educação financeira tem o propósito de:
Tudo começa pela renda. O quanto você recebe mensalmente é um dos pilares das finanças pessoais. Quando recebemos pouco, fica mais difícil administrar o dinheiro e o orçamento se torna limitado.
Mesmo ganhando pouco, é essencial aprender sobre educação financeira, pois tomamos decisões financeiras diariamente.
Os gastos sem sentido precisam ser evitados. Pense naquelas coisas que você comprou e nunca usou. Estão lá, guardadas no armário. A chave é definir prioridades. Muitas vezes, não é sobre o quanto você gasta, mas sim com o que você gasta.
Entende a diferença? Pense duas vezes antes de comprar qualquer coisa. Afinal, é seu tempo, dedicado ao trabalho, que está em jogo.
Dinheiro não é só papel; é um recurso valioso. Como diz Robert Kiyosaki, “dinheiro sem inteligência financeira desaparece depressa”. Por isso, devemos sempre poupar, mesmo que seja uma pequena parcela da renda.
Imagine duas pessoas que ganham R$ 2.500 por mês:
Depois de um ano:
Depois de poupar, é hora de investir para rentabilizar o que foi poupado. Investir não é para ficar rico do dia para a noite, mas para garantir tranquilidade financeira a longo prazo.
Infelizmente, muitas pessoas acreditam que investir é apenas para os ricos. Mas investir é para todos. O primeiro passo é formar uma reserva de emergência e, depois, investir com foco no longo prazo, visando a aposentadoria.
Educação financeira é sobre planejar para o futuro e tomar melhores decisões no presente. No próximo episódio da série “Educação Financeira Ilustrada”, vamos aprofundar ainda mais esse tema.
Muito obrigado por ler até aqui e até o próximo!